quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tudo que eu queria agora era um colo quente:
"Deite aqui, meu amor, chore tudo o que tens para chorar,
Chore sem culpa um choro eloquente
até o amanhecer, sem cessar".

"Estou contigo e daqui não saio até te ver sorrir,
mas não tenha pressa não, estarei aqui até o fim
e até lhe farei um suco de morango, se me permitir".
Dentre todos aqueles soluços, pude apenas dizer "Sim".

E eu chorava para aliviar o nó na garganta
e escutava ele me dizer: "Meu amor, nada disso adianta".
Debruçada na maciez do teu peito acolhedor
pude mandar ir embora toda minha dor.

Foi então enferma que adormeci...

Acordei: "Mais uma noite que sobrevivi".
"Uma noite de cão", suspirei
"Obrigada Travesseiro" - agradeci.

E é nesse eterno momento que
sou cinza,
sou azul.
Sou triste.

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