quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vou aprender a nadar em outros mares
e me perder em vários lugares,
quem sabe em algum coração alheio
feito assim devagarinho, sem receio
de conhecer outro sabor
do que é amar sem dor
um amor sem bolor,
amor assim... novinho em folha
que me acolha,
pra viver bem e ser feliz
me amar do pé a ponta do nariz.

sábado, 10 de dezembro de 2011

coaxe de um sapo ébrio


Só tive desencantos na minha noite de Cinderella
que até esqueci de esquecer meu sapatinho.
Se ao menos eu pudesse esquecer também o meu caminho
e ficar em teus braços ganhando teus beijinhos.

Minha abóbora não virou uma carruagem,
minha poção tinha gosto de fel,
o sapo não virou príncipe
e ainda por cima era infiel.

Mas ele me conquistou assim que falou
"... quero conhecer todo o teu encanto
e do teu corpo delicado e pequeno cada canto".
 
Magnificiência da minha parte deslizar
e me deixar deslumbrar pela tua canção
dar um sorriso tímido e sentir meu rosto corar
não fazia parte dos planos, é armadilha do coração!
 


 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tudo que eu queria agora era um colo quente:
"Deite aqui, meu amor, chore tudo o que tens para chorar,
Chore sem culpa um choro eloquente
até o amanhecer, sem cessar".

"Estou contigo e daqui não saio até te ver sorrir,
mas não tenha pressa não, estarei aqui até o fim
e até lhe farei um suco de morango, se me permitir".
Dentre todos aqueles soluços, pude apenas dizer "Sim".

E eu chorava para aliviar o nó na garganta
e escutava ele me dizer: "Meu amor, nada disso adianta".
Debruçada na maciez do teu peito acolhedor
pude mandar ir embora toda minha dor.

Foi então enferma que adormeci...

Acordei: "Mais uma noite que sobrevivi".
"Uma noite de cão", suspirei
"Obrigada Travesseiro" - agradeci.

E é nesse eterno momento que
sou cinza,
sou azul.
Sou triste.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Desliguei.
Abri o armário. Só havia essa saída.
Pípulas para dormir. Peguei.
Ah, olá recaída.

Seis doses de pura merda.
Sento e assisto.

Deitei.
Senti frio. Um arrepio.
Gélida.

Não consigo desunir meus dedos dos pés.
Sinto minhas mãos grandes demais.
Sentimento relés.
Viscerais.

Minha visão anuvia.
Meu corpo se desintegra.
Então eu converso com a escuridão.
Que me ignora.
Vou
c
a
i
n
d
o

na penumbra.
começo a achar que meus pés estão na brasa quente.

Minha lingua tá grudada,
minha mãe não entende nada.
Apenas me concede um espaço na sua cama.
5:09 da matina.
Hoje ela merece rosas...

Ah, olá olheiras...