domingo, 19 de abril de 2009

whatsernameX

A casa continua com o mesmo aspecto,
A estrutura antiga que lembra "Rapunzel"
A porta permanece sempre aberta...
Nada mudara,
A não ser as paredes, a pintura vai descamando com o tempo.
Os retratos revelam um passado distante.
A lâmpada com a luz fraca amarela o ambiente.
Os móveis antigos, o relógio com seu monótono "TIC TAC".
E um senhor sentado ao pé da janela...
o olhar distante com pouca esperança,
esperando ansiosamente por alguém ou alguma coisa.
Seu estado é deplorável.
Ele diz á sua esposa, o lábio inferior tremendo:
"Já estou lhe dando muito trabalho, está na hora de eu partir".
A velha dama retruca.
"Deixa disso 'Pers'*"
Ela está cansada...
Leite morno, remédios com horas marcadas.
Proibida de sair com medo de deixa-lo...
Ao chegar visitas esperam euforicamente,
A casa é levemente perfumada, as camas arrumadas.
Mas não há nada mais significativo do que aquele olhar ansioso na janela.
Ah! E quando as visitas partem, o olhar tristonho parte meu coração.
Depois do almoço de domingo, a velha dama agrada suas bisnetas
com seus "acolchoados".
Hora chamando-as de raparigas, hora de bonecas.
Quatro mulheres, poderia dizer as mais importantes da minha vida, mas faltam duas.
Enfim, quatro mulheres em uma cama aos cochichos...
A neta e as duas bisnetas questionam cada ruga em seu lindo rosto.
Várias lembranças, as emoções vão transparecendo na face da velha dama.
Cada caracteristica da velhice...
Havia tempos que ela batera na porta
Eu estava adiando essa realidade...

19/04/2009

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